quinta-feira, dezembro 01, 2005

Aumente seu pênis!

Fato: ninguém gosta de spam. Talvez nem mesmo os spammers. Eu tenho uma conta de e-mail do BOL que costuma receber uns 20 e-mails por dia. Quem dera eu fosse tão popular, mas, em um dia comum, todos eles são spam. É claro que eu deleto tudo sem clicar em nenhum, mas ainda assim eu tenho que dar uma lida nos assuntos para ver se, eventualmente, algum deles é para mim mesmo. Hoje, compartilharei cinco pérolas de assunto de spam com vocês. Elas têm pequenas variações, mas a idéia central é sempre a mesma: chamar sua atenção para que você clique em um link suspeito.

5. Compre V!agra - Eu não gostaria de viver em um mundo onde 100% das pessoas está insatisfeita com sua vida sexual. Este é o mundo dos spammers, já que aparentemente eles crêem que, ao ver qualquer e-mail que prometa um pênis maior, um orgasmo mais intenso, ou qualquer outra coisa capaz de transformar sua insípida performance em um filme pornô holandês, o usuário desesperadamente clicará em qualquer link que venha lá dentro. Alguns de nós, porém, não se deixam seduzir tão facilmente, e até mesmo incluem palavras como "pênis", "orgasmo" e "viagra" na lista dos spams. A solução encontrada pelos chatonildos foi substituir letras por núimeros e outros símbolos, para que o anti-spam não identifique as palavras e as deixe passar. Estou curioso para ver o que eles farão quando começarmos a adicionar a palavra "compre".

4. Sua mulher está lhe traindo - O melhor deste spam é o remetente: "um amigo". Tal e-mail promete provas cabais de que você é o mais novo corno da cidade, na prova de fotos que invariavelmente não vêm anexadas ao e-mail, tendo você que clicar em um suposto link para vê-las. Aparentemente, "nosso amigo" vive em uma sociedade liberal, pois até mesmo mulheres recebem este e-mail.

3. Temos seus antepassados - Segundo a Débbby, eles seqüestraram nossos antepassados, e agora querem resgate.

2. Re: Minha pergunta - Se algum dia eu fizer uma pergunta a um atendimento por e-mail qualquer, com certeza o assunto não será "minha pergunta". E sou capaz de apostar que, mesmo que seja, o atendimento não fará simplesmente um reply, o que adicionaria um "Re:" ao assunto antes dele voltar para mim. O mais impressionante neste e-mail é que, para ver a resposta à minha pergunta inexistente, eu tenho que clicar em um link. Isto já está ficando repetitivo.

1. Cenas de sexo explícito jamais vistas! Clique se tiver coragem! - Realmente é preciso muita coragem, pois deve ter um anexo cheio de trojans, phishing, adwares, spywares, e talvez até sífilis.
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domingo, novembro 27, 2005

Seção Exumação

Hoje apresentando:
Moving Sound Philips!



Até umas décadas atrás, eram raros os produtos desenvolvidos especialmente para adolescentes. Existiam produtos para crianças, para adultos, e um ou outro que era classificado como para "jovens", mas dificilmente você encontraria uma linha teen, algo tão comum nos dias de hoje. Acho que o primeiro produto lançado especificamente com essa gente entre 14 e 18 anos em mente (embora a cada ano a adolescência comece mais cedo, e o Fantástico já ache que uma menina de 11 anos é uma adolescente) foram os tênis All Star, embora algumas propagandas fossem muito mais focadas nas crianças ("All Star / Fácil de calçar / Zip zap plóin"). De qualquer forma, filão aberto, o mercado foi inundado com tudo o que já existia, só que mais colorido e estiloso, tentando fazer as pós-crianças torrarem sua mesada e pedir mais. Dentre estes produtos estava a linha Moving Sound.
Sim, eram rádios. Sim, com toca-fitas. Sim, essencialmente idênticos a zilhões que já existiam por aí. Só que eram coloridos, estilosos e com nomes bonitinhos. No fundo, a mensagem era: para que ter um rádio preto careta se você pode ter um Moving Sound? A propaganda, aliás, mostrava um bando de jovens ao som de Pump Up the Jam, do até então desconhecido Technotronic, fazendo as maiores peripécias com seus rádios. Tinha até um cara tomando banho com o dele.
Aliás, eles não se chamavam Moving Sound à toa. Todos os quatro modelos da linha eram totalmente portáteis e fáceis de se carregar para lá e para cá, ao custo de muitas pilhas. Eu mesmo tive um que acabou não se tornando tão Moving assim depois que eu descobri que era mais econômico mantê-lo na tomada.
O modelo que eu tinha era o Berlin, o segundo mais caro. Não que eu quisesse esbanjar, mas o mais caro era muito mais caro, e os mais baratos me pareceram aquém de minhas necessidades. O modelo Berlin era em formato de pão de forma (ou muro, para fazer uma alusão ao Muro de Berlim), com uma alcinha em uma das extremidades. Contava com dois auto-falantes estéreo, um deck toca-fitas e rádio. Acima dele, só o modelo Paris, representado na foto aí em cima, bem maior, mais potente, e com dois decks toca-fitas, mas essencialmente a mesma coisa. Repare que nenhum dos dois modelos tinha CD player, algo ainda engatinhando no mercado da época.
Os outros dois modelos eram walkmans, um proprio para fitas K7, outro para CDs. Não me lembro os nomes, mas tenho quase certeza de que um deles se chamava Rome. Menorzinhos e mais baratos, eram também mais Moving que os outros dois, mas não tinham auto-falantes, só fones de ouvido, e o "CDman" não tinha rádio.
Sendo uma série limitada, os Moving Sound venderam por pouco tempo. Hoje em dia você ainda pode achar um em um site de leilões ou em uma loja de usados. Mas acho que compensa mais comprar um preto e pintar de cinza com detalhes coloridos. Só vão ficar faltando os botões estilosos.
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