Oh, Fomos Arquivados!

Antes tarde do que nunca, ganhamos mais um Arquivo Morto!

Seção Exumação

Hoje Apresentando: Rosa Choque!

Na tabela Pantone, ele é conhecido como "Rosa Profundo". Na tabela Websafe, é o código #FF1493. A maioria das pessoas prefere chamá-lo de "Pink". Mas, na década de 80, era o bom e velho Rosa Choque.
Sabe-se lá o por que desse "choque", mas na época em que você tinha todas as cores do mundo em uma caixa de lápis de cor, só existiam dois rosas, o Rosa Bebê, clarinho e suave, e o Rosa Choque, forte e berrante. Numa época em que as roupas procuravam ter um visual futurista, e os fabricantes de bolsas, cintos e botas pareciam ter acabado de descobrir o vinil, o Rosa Choque era uma cor muito requisitada. É claro que, hoje em dia, uma bolsa Rosa Choque seria considerada bem Ploc. Cor famosa, o Rosa Choque também estava presente nas mais diversas manifestações da cultura popular, como em músicas da Rita Lee (Por isso não provoque / É cor de rosa choque), ou em sua versão americanizada, como em filmes de Hollywood (A Garota de Rosa Shocking, cujo título original era simplesmente Pretty in Pink).
No início da década de 90, o Rosa Choque passou gradativamente a se chamar Pink. Todas as bolsas rosa choque passaram a ser bolsas pink, começaram a surgir os fru-frus pink (uma coisa cabeluda de plástico que as meninas deitavam sobre o ombro ou enrolavam no pescoço, por mais estranho que isso possa soar), e tudo o que era Rosa Choque mudou de nome. Hoje, falar que uma coisa é Rosa Choque é mais ou menos como dizer Chuchu Beleza, um atestado de velhice.
Aos poucos, o destino do Rosa Choque parece ser o mesmo do Cor de Abóbora: mudar de nome sem ter mudado de cor.

Jogos que ninguém nunca ouviu falar


Microman

Não me lembro bem quando joguei Microman pela primeira vez. Foi há uns dez anos, quando ele veio em um CD da Revista do CD-Rom, da Editora Europa. Trata-se de um joguinho de plataforma, onde o objetivo é guiar Microman, um pobre homem que foi miniaturizado, dentro de um computador hostil, onde ele foi parar por engano. Microman conta com uma pistola que dispara "bolinhas", mas pode pegar vários power-ups que aumentam a força, alcance ou tamanho destes tiros, além de um que lhe confere um escudo. Tudo isso para se livrar de pequenos seres robóticos, talvez vírus, que habitam o interior do tal computador. Para realizar seu objetivo, Microman ainda tem que lidar com abismos sem fundo, correntes elétricas, um tanque que demora muitos tiros para ser destruído, e um disco voador que aparece de vez em quando para atazanar. Microman tinha gráficos muito bonitinhos, que imitavam muito bem o que eu imaginava ser o interior de um computador, e uma jogabilidade que me manteve preso à tela durante dias até chegar no "final". A dificuldade não era pouca, e o fato de Microman ter só uma vida atrapalhava. Além disso, como minha versão era shareware, teve um final muito do vagabundo. Infelizmente, eu nunca tive como enviar 15 dólares pelo correio para obter o jogo inteiro.
Eu fui na página oficial, mas não descobri quando o jogo foi lançado. Descobri, porém, que ele já está na versão 3.2 (a minha era 1. alguma coisa, 1.7 se não me engano), agora tem quatro episódios, e custa US$ 19.95. Para os que gostam de joguinhos de plataforma com tiros, eu recomendo a versão shareware, mesmo que você não queira/possa registrar depois. Ah, sim, agora se pode comprar online. Só que eu não tenho mais cartão de crédito, e 1 dólar não é mais 1 Real...