quinta-feira, julho 17, 2003

Seção Exumação

Hoje Apresentando:
O Halleyfante!



Em 1986, o Cometa Halley passaria pela Terra, fazendo sua visita esporádica de a cada 76 anos. Como não era uma coisa que a gente visse todo dia, lá foi todo mundo comprar suas lunetas para ver o corpo celeste em todo seu esplendor. O cometa passou, mas tão longe que ninguém viu. E onde, nessa triste história, se encaixa o Halleyfante? Bem, vamos tentar explicar...

Para pegar carona na cauda do cometa, a Rede Globo inventou a Família Halley. Vocês vão estar querendo demais se pedirem pra eu me lembrar dos nomes deles, mas eram um pai, uma mãe, uma filha, um velho barbudo com cara daquele que treinava o Jaspion, e, é claro, o Halleyfante, o robô-mascote da família (toda família futurista dos anos 80 que se preza tinha que ter um robô-mascote). A tal família viajava pelo Universo a bordo do Cometa Halley, levando uma mensagem de paz e harmonia aos povos da galáxia (naquele molde "está chegando a Era de Aquário, temos que ser todos irmãozinhos, parem a Guerra Fria, senão as bombas nucleares vão transformar a Terra no set do Mad Max, etcétera e tal). Com a passagem do Cometa Halley pela Terra, a Família Halley iria nos fazer uma visita. Teve um especial de TV, capas de cadernos, um gibi, enfim, toda aquela parafernália capitalista para que nós consumíssemos a pobre Família Halley enquanto o cometa passava. Como eu era pobre, só pude comprar um caderno, que existe até hoje, e de onde saiu a figura do Halleyfante desta matéria, e o gibi, onde os Halleys visitavam o Rio de Janeiro, e que se perdeu em algum lugar do Limbo.

O Halleyfante foi o membro mais proeminente da família. Além de ser o preferido da garotada, participou de vários programas do Balão Mágico depois do Especial da Família Halley, e, se não estou enganado, ganhou seu próprio Especial algum tempo depois, onde conhecia a Terra com a ajuda de duas crianças (ou eu posso só estar confundindo e isso fez parte do primeiro Especial). A Estrela também lançou um Halleyfante de brinquedo, que andava pra lá e pra cá sozinho, dizia umas duas ou três fazes, era considerado o pináculo da tecnologia de brinquedos e custava os olhos da cara.

O Halleyfante é mais uma das coisas dos anos 80 que confirmam minha teoria de que as crianças eram mais inocentes: Peguem uma criança de oito anos de hoje e perguntem o que ela acha de uma cabeça tosca de elefante com perninhas que fala e viaja dentro do Cometa Halley. Pois é.

terça-feira, julho 15, 2003

Manual de Redação e Estilo

Tudo bem, esse também não fui eu quem inventou. Mas é engraçado, então vai tapar um buraquinho aqui.

1. Desnecessário faz-se empregar estilo de escrita demasiadamente rebuscado, conforme deve ser do conhecimento de V. Sa. Outrossim, tal prática advém de esmero excessivo que beira o exibicionismo narcisístico.

2. Evite abrev., etc.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. "não esqueça das maiúsculas", como já dizia carlos machado, meu professor lá no colegio santa ifigênia, em salvador, bahia.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out, palavras de origem portuguesa estão in.

8. Seja seletivo no emprego de gíria, bicho, mesmo que seja maneiro. Sacou?

9. Palavras de baixo calão podem transformar seu texto numa merda.

10. Nunca generalize: generalizar sempre é um erro.

11. Evite repetir a mesma palavra, pois essa palavra vai ficar repetitiva. A repetição vai fazer com que a palavra seja repetida.

12. Não abuse das citações. Como costumava dizer meu pai: "Quem cita os outros não tem idéias próprias".

13. Frases incompletas podem causar

14. Nao seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes, isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez. Em outras palavras, não fique repetindo a mesma idéia.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Corta!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Use a pontuação corretamente o ponto e a vírgula especialmente será que ninguém sabe mais usar o sinal de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Nunca use siglas desconhecidas, conforme recomenda a A.G.O.P.

21. Exagerar é 100 bilhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"

23. Analogias na escrita são tão fúteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Seu texto fica horrível! Sério!

25. Evite frases exageradamente longas, por dificultarem a compreensão da idéia contida nelas, e, concomitantemente, por conterem mais de uma idéia, a central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçando, desta forma, o pobre leitor a separá-la em seus componentes diversos, de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a orthographia, para nao estrupar a língua.

27. Seja incisivo e coerente. Ou talvez seja melhor não...

domingo, julho 13, 2003



Taí o que vocês queriam! As regras do JOGuil, o Jogo do BLOGuil, bem como todas as figuras, para quem quiser imprimir, recortar, colar em cartolina e jogar. Estes links também estão disponíveis ali na coluna da esquerda, onde ficavam localizados os links do Card Game, embaixo das Quizzes. Bom proveito!

PS: Aproveitando o ensejo, temos um novo contador, já que o antigo deixou de ser satisfatório.