sexta-feira, dezembro 19, 2003

Seção Exumação

Hoje apresentando:
Fichas!



As crianças de hoje podem achar estranho, mas houve um tempo em que não existia cartão telefônico, fliperama não usava cartão magnético, e a inflação nos impedia de colocar uma nota de um milhão de Cruzeiros em uma máquina para ganhar um refrigerante (pra falar a verdade, se voltarmos mais um pouquinho, havia um tempo em que máquina de refrigerante era coisa de ficção científica, mas não vamos falar disso hoje).

Era a época das fichas. Se você quisesse falar num orelhão, deveria inserir uma delas a cada três minutos. Se quisesse jogar fliperama, era bom ter um monte delas no bolso. Aliás, para falar no telefone também era bom ter um monte delas no bolso - ou falar rapidinho. Algumas ainda sobrevivem, verdadeiros fósseis vivos, em fliperamas de bairro, naquelas máquinas Made in Taiwan. Mas as de telefone e refrigerante nos deixaram para sempre.

As fichas tinham coisas boas e coisas ruins. As minhas preferidas/detestadas eram as seguintes:

Prós:
- Era legal rasgar aquele pacotinho comprido para tirar as fichas da Telerj lá de dentro.
- A gente controlava melhor o tempo no telefone. Hoje em dia, a gente sai falando, e, quando repara, o cartão só tem um crédito. Se for celular então, os créditos no painel do orelhão parecem até uma contagem regressiva.
- Era mais fácil colecionar fichas de outras operadoras do que colecionar cartões telefônicos, que possuem um bonucatilhão de modelos - e são bem mais caros.
- Depois que inventaram o cartão magnético, cada jogo do fliperama passou a ser um preço. E preços extorsivos, na maioria das vezes. Tudo bem que existiam jogos que pediam duas fichas, mas, mesmo assim, saía mais barato no final das contas.
- Fichas de fliperama e de refrigerante serviam como "moeda de troca" entre os amigos, quando a gente estava sem grana.

Contras:
- Ter que andar com dezenas de fichas nos bolsos para o caso de uma eventualidade.
- Ouvir "Deposite uma nova ficha para os próximos três minutos" no meio da sua conversa.
- Ter que catar qual loja vendia a bendita ficha da máquina de refrigerante. Às vezes era mais fácil andar até a praça de alimentação.
- O preço das fichas era reajustável. Hoje, uma lata de refrigerante custa R$ 1,00 desde 1994 (se bem que eu já vi umas que estão cobrando R$ 1,50...).

Bem, esses foram os que eu me lembrei. Adições são bem-vindas.

Acho que as fichas não têm mais lugar no mundo de hoje. Por mais saudosistas que sejamos, temos que reconhecer que os cartões são mais práticos e ocupam menos espaço. Mas, ainda assim, resta uma dúvida: O que foi feito com todas essas fichas depois que elas saíram de circulação? Derreteram para fazer casas populares?
Card Game BLOGuil - Part Deux



quarta-feira, dezembro 17, 2003

Textos que não fui eu quem escreveu

É meio longo, mas vale muito a pena ler!

"Por que Papai Noel não pode existir segundo as Leis da Física

1) A Questão das Renas Voadoras
Nenhuma espécie conhecida de rena pode voar. Porém, como ainda existem cerca de 300.000 espécies ainda não classificados, mesmo sendo a grande maioria destes composta por insetos e germes, ou seja, telvez realmente existam as tais renas voadoras que somente Papai Noel já viu na vida.

2) A Questão da Viagem

2.1) Crianças
Existem aproximadamente 2 bilhões de crianças no mundo, se considerarmos como "criança" pessoas abaixo dos 15 anos de idade. Como Papai Noel parece não visitar crianças muçulmanas, judias, hindus nem budistas, isto reduz o total de crianças para 15% do número acima - aproximadamente 378 milhões. Se assumirmos que cada casa possui, segundo o último relatório da Unesco, em média 3,5 crianças, isto nos dá um total de 91,8 milhões de casas a serem visitadas, considerando que cada casa tenha pelo menos uma criança que foi boazinha durante todo o ano.

2.2) Tempo

Papai Noel possui exatamente 31 horas de Natal para fazer seu trabalho, graças às diferentes Zonas Horárias e à rotação da Terra, isto assumindo que ele logicamente viaja do leste para o oeste. Como ele tem que visitar 91,8 milhões de casas neste período (vide item 2.1), isto nos dá um total de 822,6 visitas por segundo. Portanto, para cada lar Cristão que tenha uma criança que foi boazinha durante todo o ano, Papai Noel terá menos de um milésimo de segundo (1/822,6s) para estacionar seu trenó, saltar, descer pela chaminé, colocar presentes dentro das meias, arrumar os presentes restantes embaixo da árvore, comer os biscoitos e beber o leite deixados pelas crianças para ele, subir de volta pela chaminé, subir novamente no trenó e partir para a próxima casa. Isto sem considerar as eventuais paradas para descanso e idas ao banheiro.

2.3) Distância e Velocidade
Considerando um modelo ideal no qual os 91.800.000 lares Cristãos mencionados no item 2.1 estão distribuídos pelo planeta de forma linear e igualmente espaçada (o que sabemos ser falso, mas iremos utilizar para efeito de cálculos), podemos chegar à conclusão de que a distância entre uma casa e outra é de aproximadamente 1,25 quilômetros. Aplicando este dado aos já demonstrados no item 2.2, descobrimos que o trenó de Papai Noel se desloca de uma casa a outra à velocidade de 1.045,85 quilômetros por segundo, três mil vezes a velocidade do som. Comparativamente, o veículo mais rápido já construído pelo homem, a sonda espacial Ulysses, viaja à velocidade insignificante de 44 quilômetros por segundo. Uma rena convencional tem como velocidade máxima 24 quilômetros por hora.

2.4) Peso
Assumindo que cada criança boazinha do mundo ganhe de Papai Noel não mais que um Lego médio, de peso igual a 910 gramas, o peso líquido do trenó de Papai Noel será de 321.300 toneladas, sem contar o próprio Papai Noel, invariavelmente descrito como obeso. Em terra, uma rena convencional não consegue transportar mais que 137 quilos. Ou seja, somente para puxar o trenó, Papai Noel precisará de 2,14 milhões de renas. Isto aumentará o peso total, sem contar com o peso do próprio trenó, para 353.430 toneladas.

2.5) Atrito
353.430 toneladas viajando a 1.045,85 quilômetros por segundo enfrentarão uma enorme resistência do ar, que aquecerá as renas da mesma forma que um ônibus espacial é aquecido ao entrar na atmosfera terrestre. O primeiro par de renas absorverá uma quantidade de calor equivalente a 14,3 quintilhões de Joules. Por segundo. Cada. Basicamente, elas se tornarão uma bola de fogo quase que instantaneamente, expondo o próximo par de renas da fila ao mesmo calor, e criando explosões ensurdecedoras ao deixar este mundo. Todos os pares de rena do trenó estarão vaporizados após 4,26 milésimos de segundo. Isto sem mencionar que Papai Noel estará sujeito a uma força centrífuga 17.500 vezes maior que a gravidade. Um Papai Noel que pese cerca de 115 quilos (e, assim mesmo, um Papai Noel bem magrinho) seria colado no fundo de seu trenó por uma força de 1.961.370 quilos.

3) Conclusão
Se, algum dia, Papai Noel entregou presentes na noite de Natal, hoje ele está morto.

4) Modelo Alternativo
Nosso trabalho leva em consideração que só existe um Papai Noel. Outros modelos, porém, não devem ser descartados. Mil Papais Noéis (um quilonoel) ou um milhão (um meganoel) ou mais, trabalhando em paralelo, poderiam visitar a mesma quantidade de casas no mesmo espaço de tempo, com tecnologia menos avançada e menos renas vaporizadas.

4.1) Deficiências do Modelo Alternativo
Quem controlaria o tráfego aéreo de um meganoel? Um milhão de trenós e doze milhões de renas ocupariam um espaço aéreo considerável. Se considerarmos que cada conjunto de trenó, Papai Noel e renas precisaria de não mais que 1,52 metros de espaço aéreo vertical (o que, se considerarmos que algumas espécies de rena possuem um metro e meio de altura, deixa pouco espaço como margem de erro), um meganoel precisaria de quase 1.523 quilômetros de espaço aéreo vertical. Este modelo também não consideram que Papai Noel faz pousos e decolagens freqüentes. O espaço aéreo ao nível das chaminés seria muito disputado e desproporcionalmente populoso, principalmente se levarmos em consideração que os lares que celebram o Natal costumam estar localizados de forma densa em regiões geográficas específicas. Nos parece que, embora um meganoel possa evitar problemas com renas vaporizadas, deve sofrer grandes danos causados por colisões aéreas."
Card Game BLOGuil - Part Deux



domingo, dezembro 14, 2003

Ho, ho, ho again!

Pela primeira vez o BLOGuil repete um de seus temas, mas é por uma boa causa! Aproveitem , portanto, o segundo layout BLOGuil de Natal!
Card Game BLOGuil - Part Deux