quinta-feira, outubro 28, 2004

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terça-feira, outubro 26, 2004

Atlas BLOGuil
Mostrando lugares que não estão no mapa

Destino de Hoje:
Ordem Soberana e Militar de Malta



Ao sul da Itália, existe um pequeno país chamado Malta. Mas não é dele que estamos falando. Poucos sabem, mas, encravado na Itália, existe um minúsculo Estado de apenas 6 Km2, cujo único território é um prédio em Roma e seu jardim. Este Estado é conhecido como a Ordem Soberana e Militar de Malta.
Mas de onde veio isso? Tudo começou em 1099, quando o Beato Gerardo fundou, em Jerusalém, o Hospital de São João. Muitos dos Cruzados que estavam por lá lutando decidiram se unir à causa do Beato, fundando então a Ordem de São João. Os cavaleiros da Ordem rapidamente se espalharam pela Europa, fundando novos hospitais, sempre dando assistência aos pobres e desvalidos. No início do Século XII, quando Jerusalém já estava "livre", eles estabeleceram uma nova base em Rodes, e passaram a ser conhecidos como a Ordem Militar e Hospitalar de São João de Jerusalém e Rodes. Sete anos depois, o Imperador Carlos V da Espanha decidiu dar a eles a ilha de Malta. A Ordem, que possuía cavaleiros de diferentes nacionalidades, principalmente italiana, francesa, alemã, espanhola e portuguesa, fez de Malta sua base e quartel-general, mudando seu nome efetivamente para Ordem Soberana, Militar e Hospitalar de São João de Jerusalém, Rodes e Malta. Lá a Ordem ficou até 1800, quando a Grã-Bretanha invadiu Malta, expulsando os cavaleiros. Estes então se refugiaram na Itália, onde estão até hoje.
A soberania da Ordem de Malta só foi reconhecida em 1966. Apesar de ser um Estado Soberano, a Ordem não é reconhecida como um país, tendo status de uma organização humanitária, como a ONU ou a Cruz Vermelha. Sua população permanente é de apenas três pessoas, o Príncipe, o Grão-Mestre e o Chanceler. Todos os demais "habitantes" da Ordem de Malta possuem nacionalidade maltesa, mas também a nacionalidade do país onde nasceram (normalmente italiana). A soberania da Ordem permite que ela imprima seus próprios selos e expeça seus próprios passaportes, concedendo, efetivamente, nacionalidade maltesa a seus membros. A Ordem de Malta pode, portanto, ser comparada ao Vaticano, onde apenas o alto clero possui nacionalidade vaticana, e, mesmo assim, ninguém tem nacionalidade exclusiva (o Papa, por exemplo, possui nacionalidade vaticana e polonesa).
Atualmente, a Ordem de Malta mantém relações diplomáticas com o Vaticano e mais 86 países, onde possui, inclusive, embaixadas. Existe até uma embaixada da Ordem em Brasília! Um dado curioso é que o território ocupado pelas embaixadas é considerado solo maltês (exatamente como ocorre com qualquer outro país) e os representantes diplomáticos da Ordem são todos cidadãos malteses. A Ordem ainda possui representação na ONU (tendo até um Observador Internacional), e é filiada à Cruz Vermelha e a outras organizações internacionais.
A Ordem de Malta atua como uma organização humanitária internacional, fundeando hospitais e centros de reabilitação em diversos países, principalmente na África. Existem outras Ordens de Malta não-oficiais e não-soberanas, a maioria delas formada por dissidentes da Ordem original (existe uma nos EUA que é formada por protestantes que não aceitam o controle católico da Ordem). A maioria dessas outras Ordens possui relações amigáveis com a Ordem de Malta, e cooperam mutuamente em prol do bem-estar da população mundial.
Quem quiser saber mais sobre a Ordem de Malta pode visitar seu Site Oficial.
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domingo, outubro 24, 2004

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