quinta-feira, abril 28, 2005

Atlas BLOGuil
Mostrando lugares que não estão no mapa

Destino de Hoje:Fucking!




Bem vindos a Fucking! Não, não é piada, nem se trata de uma cidade onde o amor é livre e as pessoas copulam pelas ruas a qualquer hora do dia ou da noite. É apenas mais um vilarejo normal, no interior da Áustria, cujo maior problema consiste no roubo de placas que contenham o nome da cidade, por turistas que queiram um souvenir inusitado de um local com nome tão pitoresco.
Fundada no ano de 1070, a cidade de Fucking se localiza ao oeste da Áustria, próxima à cidade de Salzburgo e à fronteira com a Suíça. Acreditem ou não, a cidade recebeu este nome de seu fundador, um homem chamado Focko. O fato da pronúncia do nome da cidade ser exatamente igual ao gerúndio do famoso verbo inglês não facilita muito a vida de quem vive lá. A placa que se encontra na entrada da cidade de Fucking é a mais roubada de toda a História da Europa, tendo que ser substituída em média a cada três meses. Também, pudera: Além de um enorme "Fucking", a placa ainda traz, em alemão, os dizeres "por favor, não tão rápido", e a figura de duas crianças. Trata-se de um apelo aos motoristas, pois crianças podem estar às margens da estrada, mas depois que você lê um enorme Fucking, é impossível pensar dessa forma.
Em 2004, houve um plebiscito para consultar o povo sobre uma possível mudança no nome da cidade, para evitar futuros constrangimentos - uma boa idéia, a julgar pela manchete do The Sun, Fucking villagers vote against name change. Contrariando o senso comum, o "não" ganhou. Assim, Fucking não apenas continua se chamando Fucking, como também decidiu ganhar dinheiro com este fato. Já são famosas na região as camisetas com os dizeres Fucking is Beautiful, I Love Fucking in Austria e o verdadeiro achado We've been Fucking since 1070 - and we're still Fucking.
Apesar dos pesares, Fucking não detém o monopólio no campo das cidades com nomes eróticos e/ou constrangedores. Na Europa, depois da própria Fucking e de Rottenegg, também na Áustria, podemos visitar Pussy e Condom, na França; Kissing, Petting e Wedding, na Alemanha; Lover, Penistone, Wendy Cum Jolly e Wide Open, na Inglaterra; além de Bastardo (Itália), Crap (Albânia), Rectum (Holanda), Vagina (Rússia) e Hell (Noruega). Na Ásia existem Semen (Indonésia) e Shit (Irã). Nos EUA, o visitante feliz pode passar uma noite em Boring (Oregon), Licking (Missouri), Cumming (Geórgia), Bird-in-Hand (Pensilvânia), Satan's Kingdom (Vermont), Tightsqueeze (Virginia), Zzyzx (Califórnia) ou, se não quiser viajar até a Noruega, em Hell (Michigan). Podemos citar ainda duas cidades chamadas Intercourse (uma na Pensilvânia e uma no Alabama), além de quatro cidades chamadas Santa Claus (Califórnia, Geórgia, Indiana e Ohio). Mas a campeã, com certeza, é a inacreditável Dildo Pass, no Canadá.
E depois reclamam que o Brasil é um país libidinoso.

terça-feira, abril 26, 2005

Seção Exumação

Hoje Apresentando:
Fitas Cassete!



Hoje em dia vivemos a era do CD, DVD, MD, BD e vários outros D. Mas há não tanto tempo assim, o único modo que um cidadão comum tinha de gravar seu áudio caseiro era nas boas e velhas fitas cassete. Cassete é uma forma aportuguesada de K7, o código que a Philips deu às tais fitas ao inventá-las. Quando pequeno, eu achava que antes delas tinham vindo as casseis, e antes as cacinco, e assim por diante (ou melhor, por ante), mas, se todas essas fitas realmente existiram, não foram colocadas no mercado.
Uma fita cassete nada mais é do que um invólucro de plástico com uma fita magnética enroladinha lá dentro. Existiam fitas de 60 minutos, com 30 de cada lado, e de 90 minutos, com 45 de cada lado. Ambas podiam ser encontradas em duas variedades, a de Ferro e a de Cromo, que, segundo diziam, permitiam uma maior fidelidade sonora. O modelo mais famoso era o da Basf, com um adesivo de cor laranja.
Fitas cassete se prestavam a todo tipo de gravação: Você podia gravar suas músicas preferidas diretamente do rádio com elas (e ninguém achava que isso era pirataria), podia pedir um disco emprestado para um amigo e copiá-lo para uma fita cassete (e ninguém achava que isso era pirataria), podia pegar vários discos que você tivesse em casa e fazer uma coletânea pessoal em uma fita cassete (e ninguém achava que isso era pirataria - acho que vocês já entenderam onde eu quero chegar), enfim, toda uma miríade de produção sonora caseira, cujo clímax era quando as crianças pegavam um microfone e gravavam suas próprias composições, para desespero dos pais, principalmente se elas utilizassem uma fita que já não estava tão virgem assim.
A fita cassete sofreu duas grandes evoluções pouco antes de sua aposentadoria. A primeira foi o advento dos aparelhos de som com dois decks, que permitiam copiar de uma fita para outra, abrindo toda uma gama de possibilidades para aqueles que pegassem fitas emprestadas com os amigos (sem que ninguém considerasse isso pirataria, evidentemente). A segunda foi o advento dos rádios de carro com toca-fitas, o que possibilitou que milhares de motoristas fizessem o trajeto de casa para o trabalho ouvindo as fitas que gravaram em casa - alguns descobrindo que as crianças as haviam pegado e substituído seu conteúdo por composições caseiras, mas isso não vem ao caso.
Como toda mídia de gravação, a fita cassete também apresentava alguns transtornos. O principal deles era que, se você quisesse ouvir uma única música ao invés da fita inteira, sempre tinha que tentar "achar" onde estava a música que queria, indo e voltando e ouvindo pedacinhos das demais até encontrar o ponto exato. Outra dificuldade era calcular o tempo da fita. Eventualmente, aquela música que você queria gravar desesperadamente, que fez com que você ouvisse rádio uma semana inteira na esperança de que ela fosse tocada, ficava com o final cortado porque a fita acabou. Isso sem falar nos famosos eventos do acaso responsáveis por "embolar" a fita dentro do aparelho, o que quase sempre a inutilizava.
As fitas cassete pertencem ao grupo de fósseis vivos que ainda podem ser encontrados por aí nos dias de hoje. Atualmente, sua principal atribuição é gravar aulas de universidades e cursinhos, para que os alunos não percam detalhes da aula. Música mesmo, cada vez menos.

domingo, abril 24, 2005

Cinco fatos que me assustam:

1. Adriana Esteves tem 34 anos.

2. Na Graça Aranha existe uma carrocinha que vende um sanduíche chamado Mendigão.

3. Antes da Copa de 1970, não existia banco de reservas no futebol.

4. Já existiu um país chamado Alto Volta.

5. Até 1857, não existia papel higiênico.