Enquanto eu fuxicava meus guardados atrás de preciosidades para a
Seção Exumação, encontrei uma revista de informática de 1986. Nela, uma reportagem me chamou a atenção: Uma máquina de furar disquetes! Aí alguém pergunta: "Mas para que eu quero furar um disquete?" Bem, na época, os disquetes eram aqueles de 5 1/4", grandões e "molinhos", e armazenavam o absurdo espaço de 360K. Mesmo com todo esse espaço à disposição, algumas pessoas precisavam de vários disquetes para guardar seus arquivos. Uma coisa que pouca gente sabia era que os dois lados do disquete eram graváveis, e não somente o lado "de cima", que era o que o drive normalmente gravava quando a gente colocava o disquete lá dentro. Para saber qual era o lado de cima, o drive se utilizava de um método avançadíssimo: um furo na lateral do disquete. Somente com este furo encaixado no local correto do drive é que o disquete podia ser gravado. Se a gente quisesse que um disquete fosse protegido contra gravação, bastava colar uma fita crepe em cima do furo.
É aí que entra a máquina de furar disquetes. Se o usuário fizesse um furo igual ao "de fábrica" do outro lado do disquete, poderia colocá-lo no drive de cabeça para baixo, e gravar do outro lado, ganhando mais 360K por disquete. Como fazer esse furo com a tesoura era meio arriscado (afinal, o usuário podia acabar cortando o disquete em si, o disquinho que tem lá dentro), alguém teve a brilhante idéia de inventar uma engenhoca onde basta encaixar o disquete e pressionar uma alavanca. É ou não é um prodígio da tecnologia?
Infelizmente eu nunca vi uma dessas vendendo, o que me leva a crer que logo depois surgiram os disquetes de alta densidade ou coisa assim. De qualquer forma, parece-me realmente uma invenção revolucionária para a época. Ou vai dizer que você não ia gostar que alguém inventasse uma máquina que permitisse queimar um CD dos dois lados?
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